
Os mísseis anti-satélite de ascensão direta (ASAT) são projetados para destruir equipamentos e naves espaciais que orbitam a Terra. A medida foi anunciada pela vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, na Base da Força Espacial Vandenberg, na Califórnia.
Os EUA se comprometeram a encerrar os testes destrutivos de mísseis anti-satélite de ascensão direta (ASAT) para incentivar um comportamento responsável no espaço. A proibição autoimposta é a primeira desse tipo por um país.
Our Administration is working to establish international rules and norms for space. Yesterday at Vandenberg Space Force Base, I announced a new commitment that will help promote peaceful and responsible behavior in space. pic.twitter.com/OHtPmUkxxW
— Vice President Kamala Harris (@VP) April 19, 2022
A vice-presidente dos EUA também pediu que outras nações assumam compromissos semelhantes para estabelecer a proibição como um padrão.
Os mísseis ASAT de ascensão direta, projetados para destruir objetos que orbitam a Terra, podem geram detritos perigosos no espaço, ameaçando outros satélites e objetos orbitais.
There is no doubt that human spaceflight is incompatible with destructive direct-ascent ASAT missile tests. @VP Harris’ leadership to address these threats and reduce risk is an important step forward to foster a safe, sustainable space environment. https://t.co/OiNwhBLV8s
— Bill Nelson (@SenBillNelson) April 19, 2022
Até o momento, quatro países – EUA, Rússia, China e Índia – destruíram seus próprios satélites em testes ASAT. Os EUA destruíram pela última vez um satélite em 2008, com a Marinha dos EUA lançando um míssil SM-3 modificado que interceptou o satélite USA-193 do National Reconnaissance Office.

A Rússia realizou um teste semelhante em novembro de 2021, quando destruiu um satélite extinto com um ASAT. O teste criou pelo menos 1.632 pedaços de detritos, informou a Reuters citando dados do banco de dados de objetos orbitais da Força Espacial dos EUA.
A China também realizou um teste semelhante em 2007.
Yesterday, @VP announced the United States’ commitment to not conduct destructive, direct-ascent anti-satellite missile testing and to work to establish this as a new international norm for responsible behavior in space. https://t.co/vfrDK2bwqO
— The White House (@WhiteHouse) April 19, 2022
“A destruição de objetos espaciais por meio de testes de mísseis ASAT de ascensão direta é imprudente e irresponsável”, informou um um comunicado da Casa Branca. “Os detritos de longa duração criados por esses testes agora ameaçam satélites e outros objetos espaciais que são vitais para a segurança, os interesses econômicos e científicos de todas as nações e aumentam o risco para os astronautas no espaço. No geral, esses testes comprometem a sustentabilidade a longo prazo do espaço sideral e colocam em risco a exploração e o uso do espaço por todas as nações”.
Our statement on the United States’ DA-ASAT Test Ban.
Read the full statement on our website, https://t.co/2bHoNuT2xd pic.twitter.com/MeAmQoEgpT
— Astroscale U.S. (@Astroscale_US) April 20, 2022
Durante a reunião do Conselho Espacial Nacional em dezembro, a vice-presidente Harris orientou o Conselho de Segurança Nacional a trabalhar com outras agências e elaborar propostas para regulamentos espaciais de segurança nacional que estejam alinhados com os interesses dos EUA, salvaguardando a segurança espacial.
O compromisso de acabar com os testes de mísseis ASAT faz parte do esforço.
Separadamente, a Casa Branca continuou a promover os Acordos de Artemis, um acordo internacional sobre cooperação espacial elaborado pela NASA e pelo Departamento de Estado durante o governo Trump. Até o momento, 18 países assinaram os acordos, com nove aderindo desde que o presidente Joe Biden assumiu o cargo